O esmalte integrava o cotidiano da realeza do Antigo Egito.
Por volta de 3500 a.C., as mulheres egípcias aplicavam uma tintura de henna preta nas unhas. As cores mais vibrantes ficavam relegadas ao uso da família real e chegavam a despertar algumas preferências entre as rainhas do Egito. Cleópatra tinha uma clara preferência pela tonalidade vermelho-escura. Já Nefertiti tinha mais gosto pelo esmalte de tom rubi. O mesmo poder de distinção social observado no uso do esmalte entre os egípcios também era perceptível entre os chineses. Em meados do século 3 a.C., o uso de tons vermelhos e metálicos (feitos com soluções de prata) significavam a ocupação de um lugar privilegiado na hierarquia social. Já entre os romanos, a pintura dava lugar a tratamentos com materiais abrasivos que faziam o polimento das unhas.
A tecnologia para o tratamento das unhas ficou relativamente estagnado até o século XIX. Nessa época, os cuidados se restringiam à obtenção de unhas curtas e que estivessem moldadas por uma boa lima. Em alguns casos, as unhas eram ligeiramente perfumadas com óleo e polidas com uma tira de couro. Até essa época, uma das grandes descobertas foi a invenção do palito até hoje utilizado para a remoção das cutículas. No começo do século XX, os esmaltes começaram a recuperar espaço com o uso de soluções coloridas que não permaneciam fixadas mais do que algumas horas. Somente em 1925, durante estudos que desenvolviam tinturas para carros, foram descobertas as primeiras soluções que se assemelham com os esmaltes de hoje. Na sua primeira versão, o produto era de um tom rosa-claro e era aplicado no meio das unhas.
Em 1927, a Max Factor lança um pó bege que era espalhado sobre as unhas com uma espécie de pincel.
Chegando à década de 1930, já podemos notar que a “pintura” nos dedos do pé e da mão fazia sucesso entre as estrelas do cinema, como Rita Hayworth e Jean Harlow.
Em 1932, os irmãos Charles e Joseph Revlon custearam a invenção de um novo tipo de esmalte, mais brilhante e com um leque variado de tonalidades.
As unhas postiças foram criadas pela americana Ann Hamburg e a citada Max Factor lança uma versão líquida do ‘esmalte em pó’, com uma textura similar aos atuais.
Mas somente em 1970 que surgiram os sintéticos com cores variadas para as longas unhas que virariam uma febre entre as modernas.
(Fontes: Rainer Souza / História do Mundo / Esmaltenope.blogspot.com) http://www.mondomoda.wordpress.com/
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