A HISTÓRIA DOS TRAJES
MAIÔ
Confortável e versátil, ele já virou item fashion do verão. Perfeito para usar na praia e também como top durante o dia e à noite.
COMO USAR
• Aposte em decotes profundos para alongar a silhueta. Os laços deixam a peça feminina. • Usado com calça, o modelo tomara-que-caia encara o restaurante à beira-mar com charme.• As cavas laterais afunilam o corpo e valorizam a cintura, dando sensualidade (Lenny).
HISTÓRIA
A palavra vem de maillot e bain, nome francês dado às roupas de banho feminina e masculina. A peça surgiu no fim dos anos 1920, quando o banho de sol passou a ser considerado saudável. Tinha uma modelagem que cobria as coxas e parte dos braços e era feito de tecidos grossos e permeáveis, como a lã. “O maiô já foi uma peça conservadora. Hoje, é moderno e chique”, diz Silmara Serafim, consultora de moda praia do Senac. Por deixar o corpo firme e permitir um bom deslize na água, é usado para a prática de esportes aquáticos.
SMOKING
O conjunto inspirado no guarda-roupa masculino dá elegância e sensualidade às mulheres.
COMO USAR
• Mesmo sem a estrutura formal do smoking, as releituras também transmitem elegância.• O maiô smoking é uma ironia bem-sucedida da junção da peça de festa com a roupa de praia.
• Aposte no summer smoking, que por ser todo branco consegue alongar a silhueta feminina
HISTÓRIA
As mulheres ganharam o smoking pelas mãos do estilista francês Yves Saint Laurent, que no ano de 1966 apresentou sua versão do conjunto, que os homens já usavam desde o fim do século 19. “Desde então, o traje tem ganhado versões bem criativas”, ressalta a professora de história da moda Valeska Nakad. Nos anos 1990, Tom Ford criou para a grife Gucci um modelo mais sexy, com tecidos brilhantes e cintura supermarcada. O traje tradicional masculino é composto de camisa branca, gravata borboleta e faixa de cetim preta.
SALOPETE
Ela é uma das queridinhas do momento e pode ser usada com camisetas, tops e regatas. Conheça mais sobre esta peça
COMO USAR
• Modelos com o peitilho baixo e cores vibrantes aparecem em várias coleções de verão.• O tradicional modelo de jeans surge repaginado com bordados e apliques de motivos delicados.
• Tons de cinza, bege e branco são uma opção discreta às peças coloridas e estampadas.
HISTÓRIA
Quem vê as salopetes coloridas que invadiram as passarelas nos desfiles de verão da última temporada nem imagina que a peça, tão charmosa, foi criada para vestir operários e lenhadores por volta de 1890. Feita de jeans e com amplos bolsos no peitilho, ela era a vestimenta ideal para suportar trabalhos pesados. Em meados de 1940, caiu no gosto de alguns estilistas e começou a ganhar novas interpretações, com saias e shorts e tecidos mais leves. “Mas foi no fim dos anos 1960, no apogeu da cultura hippie e da moda unissex, que ela entrou definitivamente no armário feminino”, explica João Braga, professor de história da moda.
CAMISA BRANCA
Saiba mais sobre esta peça clássica e indispensável em qualquer guarda-roupa. Neutra e fácil de combinar, ela pode ser encontrada em diversos comprimentos e modelagens
COMO USAR
• Com jeans, a camisa branca faz par perfeito. Fique mais feminina com acessórios coloridos. • Combine com saias para ter um visual romântico. Se quiser, use o cinto por cima da camisa solta. • Smoking, ternos e sobretudos são ideais para compor o estilo masculino da moda atual.)
HISTÓRIA
Originalmente masculina, a camisa se tornou item do guarda-roupa feminino, na década de 1930, graças à estilista francesa Chanel. Nessa época, atrizes do cinema, como Katherine Hepburn, adotaram a roupa. Após a Segunda Guerra Mundial, nos anos 1950, a mulher começa a conquistar sua independência e, com isso, na década seguinte a camisa se tornou uma peça básica. Nos anos 1980, ganha ombreiras e vira um uniforme de trabalho. Depois, estilistas criaram modelos que vão dos casuais aos mais sofisticados.
COLETE
Esta peça clássica masculina entrou de vez no guarda-roupa das mulheres e se tornou indispensável nas produções desta estação.
COMO USAR
Com camisas, ele forma uma dupla clássica. Você também pode combiná-lo com chemisier, camisetas de malha, regatas e camisas com jabô, para compor um look vitoriano. Outra dica é sobrepor o colete ao minivestido, que fica descolado para a balada. Tente contrastar a peça com elementos femininos, como salto alto e acessórios grandes. Além de estar na moda, o colete também disfarça seios grandes e esconde decotes no ambiente de trabalho.
HISTÓRIA
Foi inventado no século 18 e só homens usavam. As mulheres adotaram a peça no fim do século 19. Vestiam com saias e blusas. Nos anos 1960, se tornou de vez parte do vestuário feminino.
TRENCH COAT
Ícone de elegância, ele é uma peça indispensável no guarda-roupa feminino.
COMO USAR
Com calça de alfaiataria, jeans, vestidos e saias. É uma ótima opção para chegar e sair das festas. O comprimento do trench coat varia de acordo com o vestido. Longos ou longuetes pedem o casaco na altura do tornozelo. Com vestidos curtos, eles devem vir até os joelhos. Nós pés, vale desde botas longas até escarpins. Só evite combiná-los com acessórios chamativos. e for usar colar, prefira os fininhos e discretos para não brigar com a gola.
SAIA-CALÇA
A peça, que tem o conforto da calça e a feminilidade da saia, remete aos anos 1940, quando as mulheres a usavam para andar de bicicleta
COMO USAR
Por ter muito volume, use essa peça com blusas justas para equilibrar a silhueta. Para sair à noite, prefira tecidos com brilho, como o cetim. Nos pés, saltos grossos ou sapatilhas.
HISTÓRIA
Originalmente era a calça dos operários franceses. No final do século 19, passou a ser usada pelas mulheres para a prática esportiva. Na década de 1930, ela era bem rodada e as divisões entre as pernas eram quase imperceptíveis. A peça virou moda nos anos 1940, quando as saias passaram a ter menos tecido e as mulheres precisavam de uma roupa prática para pedalar de casa para o trabalho. “A versão com comprimento até as canelas foi adotada entre os anos 1960 e 70. Hoje, no Brasil, faz parte do uniforme das policiais militares”, diz Fran Scheck, modelista da Sigbol.
TOMARA-QUE-CAIA
Feminino e sensual, esse tipo de decote é muito comum em roupas de festa, mas também pode ser usado no dia-a-dia em blusas, vestidos e até mesmo macacões
COMO USAR
• O tomara-que-caia valoriza tanto o colo e os seios que você deve dispensar os colares.
• O macacão fica feminino e sensual com esse decote, por isso evite-o no ambiente de trabalho.
HISTÓRIA
Embora seja uma variação dos corseletes do século 15, o tomara-que-caia como conhecemos hoje surgiu em 1946, quando o figurinista Jean Louis criou um modelo de cetim para a atriz Rita Hayworth usar no filme Gilda. Nos anos 1950, o estilista Balenciaga fez esse decote com corpo justo e saia rodada, que é copiado até hoje. “Por causa das barbatanas e da estrutura rígida, o tomara-que-caia afina a cintura e mantém a postura reta”, explica Fran Scheck, modelista a Escola Sigbol Fashion, de São Paulo. Atualmente, ele é o modelo preferido das noivas e das atrizes de cinema em noites de gala.
VESTIDO-CASACO
A peça é usada pelas mulheres desde o início do século 20. E a modelagem acinturada é perfeita para quem gosta de looks femininos.
COMO USAR
• Nos anos 1960 ele era usado com meia-calça. (foto A - Valentino*); • As meias 3/4 ficam perfeitas com o modelo curtinho. (foto B - Maria Bonita Extra); • A bota caubói e o lenço dão um toque descontraído. (foto C - Gisele Nasser)
HISTÓRIA
É uma releitura do redingote, casaco de montaria usado pelos homens europeus no século 18. O traje ia até os joelhos e tinha gola generosa. Depois de 1775, foi adotado pelas mulheres, tornando-se longo e acinturado. Além de aquecer, protegia os vestidos em passeios de carruagem. Foi durante a Primeira Guerra que o casaco passou a ser usado como vestido. Na época, os gastos com roupas eram vistos como supérfluos. “Por causa da escassez de tecidos, as mulheres passaram a usar o casaco também como vestido”, conta Débora Caramashi, professora de História da Moda do Senac.
TRAPÉZIO
Lançado por Yves Saint-Laurent, lembra o vestido linha A, mas tem forma de tenda, ampla e rodada.
COMO USAR
• Combine com blusas de tecidos leves e batas florais para dar jovialidade à sua produção do dia-a-dia. • Os modelos esportivos usam tecidos que não amassam e contam com bolsos aparentes. • Compridas e feitas de tecidos nobres, são ideais para festas. Salto alto e blazer finalizam o look.
HISTÓRIA
A origem da palavra vem do nome de Juan Bermúdez, descobridor do arquipélogo das Bermudas. A peça surgiu e se popularizou quando os ingleses encurtaram o comprimento da calça nas colônias de clima quente, por volta de 1920. “Primeiramente, as mulheres usavam saia-calça, mas depois a peça evoluiu para a bermuda”, conta Marcelo Pedrozo, coordenador de estilo da Faculdade Senac, em São Paulo. No início, estava ligada à prática de esportes, mas hoje seu uso é apropriado para diversas ocasiões.
MACAQUINHO
A peça é um clássico sempre revisitado. A modelagem soltinha permite uma grande variedade de tecidos e é uma boa opção para usar de dia e de noite
COMO USAR
• A modelagem esportiva, com capuz e tiras para amarrar, é boa para usar no fim de semana.• Os macaquinhos mais soltos e com corte de alfaiataria podem ser usados até a noite..• Modelos curtos e com decotes são sensuais. É apropriado para o dia em ambientes informais..
HISTÓRIA
É a versão curta e feminina do macacão, peça criada na segunda metade do século 19, nos Estados Unidos, como um uniforme de operários. “Foi nos anos 1970 que ele ganhou esse novo comprimento”, afirma Marcelo Pedrozo, professor de moda do Senac SP. “E essa novidade veio menos estruturada e feita em tecidos leves”, diz ele. Mas foi na década seguinte, quando diversas grifes lançaram suas versões, que o macaquinho ganhou destaque no circuito fashion. Pode ser usado sem complementos por não ter aberturas laterais.
PANTALONA
Uniforme das mulheres trabalhadoras, nos anos 1940, e das hippies dos anos 1970, ela volta à moda em versão elegante e confortável.
COMO USAR
• Se for volumosa, use blusas por dentro da calça para equilibrar a composição do visual.• Com modelagem tradicional, encara tanto o trabalho quanto uma festa chique. • Os modelos de cós alto usados com blusas justas ajudam a alongar a silhueta.
HISTÓRIA
O nome é derivado de pantalon, palavra que significa calça em francês. Começou a ser usada na década de 1940, quando as mulheres tiveram de trabalhar fora para substituir os homens que foram para a guerra. Acostumadas a usar saias e vestidos, as operárias adaptaram a calça a uma modelagem mais ampla, para que não mostrasse as curvas do corpo. “Mas essa peça virou tendência de moda com o movimento hippie, a partir da década de 1970”, lembra Lilian Tozatto, professora de moda da faculdade Anhembi-Morumbi.
SAIA-LÁPISSaiba mais sobre esta peça clássica e feminina. Fácil de combinar, ela pode ser feita com diversos tecidos e cores
COMO USAR
• Sapatos de saltos altos são perfeitos para deixar o visual ainda mais elegante e feminino.• A versão atual do modelo aparece nas passarelas em comprimento um pouco acima dos joelhos .• Malhas ou outros tecidos com elastano dispensam a tradicional fenda na parte de trás da saia.
HISTÓRIA
Elas surgiram em meados dos anos 1950 e logo se tornaram um clássico do guarda-roupa feminino. Sensuais, discretas e, acima de tudo, elegantes, as saias lápis são freqüentemente associadas a mulheres poderosas. Parte dessa fama se deve ao cinema francês da época, com suas heroínas bem-vestidas, geralmente adeptas do modelo. No Brasil, a peça foi amplamente adotada na década de 1960, complementada com escarpins e twin-sets. Durante a última São Paulo Fashion Week, apareceu em versões ousadas, combinada com tops curtos.
TRAINING
Ele saiu do guarda-roupa esportivo para ganhar as ruas. Confortável e unissex, a peça está em alta e pode ser usada da academia à balada.
Com jeans, ele forma uma dupla prática para o dia-a-dia. Você pode até usar um modelo masculino, mais amplo e comprido, com calça skinny. Por baixo, coloque regatas lisas ou camisetas para dar um ar descontraído. À noite, ouse um pouco mais e combine com minissaia, blusa de lurex e salto alto. Ou então escolha um training acetinado, com toque de brilho – é sucesso por si só. Outra dica para aproveitar a peça de dia e à noite é usar com um vestido preto básico e variar os acessórios.
VESTIDO LINHA "A"
O nome já diz tudo sobre esta peça, que foi febre nos anos 1960
COMO USAR
A peça retorna pronta para ser combinada com hits, como a meia opaca, a calça skinny e a legging. O padrão xadrez garante o visual jovem e as cores sóbrias vão ao trabalho. De alças, como uma salopete, pode ser usada sobre camisas e camisetas justas. No frio, vai com um trench coat. Saltos baixos e sapatilhas são boas opções para os pés. Se a idéia é ficar moderna, aposte nas ankle boots e nas botas de cano alto.
MINISSAIA A HISTÓRIA DA PEÇA INOVADORA
Não se sabe ao certo quando a minissaia foi inventada, mas foi na década de 60, pelas mãos da estilista britânica Mary Quant, que ela se tornou popular. Conheça um pouquinho obre a história dessa estilista e da sua relação com esta peça
Mary Quant soube como ninguém entrar em sintonia com a década de 60. Nascida em 1934, em Londres, ela abriu sua loja Bazaar numa rua badalada daquela cidade, a Kings Road. Começou revendendo roupas, mas logo passou a desenhar modelos modernos e acessíveis, que fizeram a cabeça dos mais jovens. Suas criações coloridas , simples e bem coordenadas eram símbolo da moda jovem britânica. Em 1962, tornou popular a minissaia e criou meia-calças coloridas, blusas caneladas, calças e saias saint-tropez e cintos usados nos quadris. Sua coleção de roupas de PVC (espécie de tecido maleável feito de cloreto de polivinila), conhecida como "Wet" (molhada), foi um sucesso estrondoso de vendas, principalmente com tops de crochê sem mangas, que iam até a cintura. Mary Quant criou desde roupas íntimas até coleções para grandes cadeias de lojas, e mais tarde dedicou-se a criar malhas para indústria japonesa. Um dos grandes segredos de suas roupas era não fazer distinções de classe e de idade. Junto com Courrèges, Mary Quant revolucionou a moda, mas, ao contrário do costureiro francês, ela ficou só no domínio do prêt-à-porter. Muitos atribuem a ela a invenção da minissaia e, apesar de esta ser uma questão controvertida, é inegável que foi ela quem divulgou essa moda da Inglaterra para o mundo.
CASACO SAHARIENNE
Ele foi criado pelas mãos do gênio Yves Saint Laurent, em 1968, em sua coleção inspirada na África - daí seu nome vir de Saara (em francês, sahara), maior deserto do continente.
"Mais conhecida como casaco safári, a saharienne é uma versão sexy e feminina do uniforme dos soldados ingleses usados na guerra Anglo-Boer, entre 1899 e 1902, ocorrida na África do Sul", diz Miti Shitara, professora da história da moda da Faculdade Santa Marcelina. Depois disso, a peça passou a ser usada nas expedições pelas savanas e desertos dos países africanos pelos exploradores. "O tom bege da cor é perfeito para camuflar com a paisagem das savanas e disfarçar sujeira de poeira", acrescenta Miti. "O ráfia, resistente e difícil de sujar, era o tecido original da peça dos soldados", acrescenta a consultora. Os quatro bolsos chapados eram utilizados para carregar munição.
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